Ela estava sentada na cama. Era uma manhã quase como qualquer outra. Mas o chá de verdade e a pitada e tristeza estavam com ela. Era seu melhor amigo, em quem confiava... Quem eram aquelas pesssoas... Tudo era tão vazio que se vestir e ir trabalhar parecia vão. Necessário, mas vão.

Pra quem contaria as histórias, as verdades, choraria e iria sorrir?

Eles a enganaram. Talvez não por maldade, mas por medo. Que covardia! 

Que dia... Seria esse o primeiro de todo resto de sua vida? 

Ela não pensava mais, Calçou os sapatos e pegou a bolsa. A chuva apertada molhava seus pés e não fazia diferença. A importância era só os pensamentos e a cabeça estava na lua. Por lá não chovia..

"Deusculpe, amigo", pensava ela, mas não queria alguém que não tinha coragem ao seu lado.

Tudo continuava igual, menos ela. As roupas eram a mesma, o trabalho o mesmo, sua vontade, a mesma. Mas dentro de si, sabia que havia algo novo.

O anceio de viver sem mentirar alheias. E uma dose de felicidade boba era bem vinda.